Abaixo partilho o testemunho da irmã e amiga Satyne Nobre, uma serva de Deus, Trans e acima de tudo uma cristã que vivencia o imensurável amor de Deus dia a dia. Agradeço a amada Satyne o consentimento para publicar no face e também em nosso blog e com certeza essa mensagem alcançará muitas vidas desde já!!! Paz e Graça a todos...contatos com a irmã através do face:https://www.facebook.com/satyne.haddukan
(Missionário Jean Frank)

Visibilidade Trans!
Vamos lá! Meu depoimento pessoal!
Nasci numa família tradicionalmente católica, passei grande parte da minha vida no armário, me masculinizando, com medo da minha essência feminina, só aos 25 anos pude me assumir como gay, mas a mulher dentro de mim já existia, e logo comecei a me montar. Para o mundo gay era a drag fluor, para meu mundo particular era uma cross dresser... Os anos se passaram mas muitos conflitos sofri pq não sabia se era o passo ideal para virar trans... Mas numa viagem a São Paulo tomei a decisão de encarar e modificar meu corpo, porque trans não se vira, se nasce.
Voltei a Fortaleza e contei para minha mãe e a minha família, que para minha surpresa me apoiaram, pois viram que era o caminho da minha felicidade assumir minha essência ao invés de me reprimir e ser infeliz. Terminei um relacionamento gay de quase 3 anos com uma pessoa que amava muito por causa dessa decisão, sofri muito!
As mudanças começaram a acontecer: sessões de laser, hormônios, cirurgias... E ao mesmo tempo sofrendo o sarcasmo de colegas minhas transformistas que não respeitavam a minha decisão, para elas ia ser sempre a trans machuda e altona.
Entrei na minha quarta graduação no curso de Design de Moda após essas mudanças, para conquistar um espaço no mercado de trabalho formal e não ter que apelar para a prostituição, apesar de não criticar quem opta por esse caminho, seria muita hipocrisia.
Namorei uma mulher por 3 anos, todos se assustaram, mas foi a única pessoa com quem me relacionei até hoje que entendeu de fato a minha motivação em me feminizar e que me viu de fato como mulher.
Hoje, são 4 anos nessa estrada difícil, agradeço os que me apoiam e desprezo os que me criticam dizendo que "mulher é uma coisa que nunda serei"... Enfim, estamos numa democracia e desde que não prejudique ninguém cada tem o direito de ser o que quer.
Obrigada a todos que acreditaram no meu sonho! Obrigada a minha família que me ama e me apoia! Obrigada Deus, pq acima de tudo foi o Senhor quem me manteve de pé!
Viva a visibilidade trans!